sexta-feira, 4 de junho de 2010

O engraçadinho virou moda

Nada contra rir de tudo, afinal, é um bom jeito de levar a vida. Mas as pessoas estão confundindo achar graça em tudo com só achar graça. Eu explico. Não sou contra, ou apenas sou cúmplice, em achar graça em acidentes, dramas e até tragédias, contanto que haja alguma mensagem/crítica no contexto. O problema é que todo mundo acha graça o tempo todo, só ri, não faz mais nada.

Qual o sentido de, por exemplo, assistir a um filme de terror e ficar rindo ? De que adianta ver um seriado como o tão discutido Lost, e ficar zuando "um monte de gente perdido numa ilha deserta" ? É legal zoar, rir de um boneco assassino com seu filho emo. Ou mostrar um final alternativo divertido.

Paródias também são engraçadas, como a que fizeram sobre o filme "A queda", como esta clássica. Agora, seria engraçado alguém fazendo isso dentro do cinema enquanto o filme estava sendo exibido? Mesmo que fosse, se a idéia é se divertir, por que não foi, sei lá, assistir Os Improváveis?

Parecemos crianças, e não no bom sentido. Que não sabe diferenciar brincadeira de coisa séria, levam ao extremo a frase "não leve a vida tão a sério", e a usam como desculpa para escrotizar o que bem entende. Logo não teremos mais categorias de filmes ou histórias, será só melhor comédia, escrotização e zoação. E só mostra a falta de análise crítica e interpretação do que se assiste/le/ouve.

Sei que para muitos é um esc para todas as dificuldade que as pessoas passam, mas não é destas que eu me refiro. O ponto é aproveitar cada sentimento, cada parte que faz com que nos sentimos vivo. Seja dor, ansiedade ou tensão. Afinal, é nessas horas que mais aprendemos e nos sentimos humanos.

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