quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dualidade...

Pode uma bela flor, de uma rocha, nascer ?
Pode uma forte figueira, no deserto, florescer ?
Pode uma bela canção, sem amor, ecoar ?
Ou a perfeição, sem a falha, fascinar ?

Pode a lua, ao meio dia, amantes inspirar ?
Pode o sol, numa noite quente, sua pele marcar ?
Pode um sentimento, não recíproco, crescer ?
Ou o ódio, unilateral, perdurar ?

EU sei que posso, amar sem ser amado
Acertar, mesmo sendo falho
Falar, sem mover os lábios,
Calar, sem se sentir calado

E vou, agir sem vontade
Avançar, sem força, sem vigor
Viver essa tal liberdade
Dessa dualidade interior



[edited]